sábado, 21 de abril de 2007

Há dias assim...

Há dias assim...
Em que os pulsos se cortam a eles mesmos,
Em que a tua paz implora por guerrear e prepara um a um os teus soldadinhos de chumbo.
Há dias assim...
Em que o meu sentimento secreto se dilui em banalidades e morre por si mesmo,
Em que te vejo um vidro estilhaçado que fugiu com o meu sorriso.
[e são frias estas lágrimas...]
Há dias assim...
Em que me acabo nas ruas para me manter inteira,
Em que és todo chuva e eu tremo por um raio de Sol.
[aquece-me por favor...]
Há dias assim...
Em que deliro com palavras que estão por vir desde sempre
Em que me ofereces um silêncio bonitinho porque não sabes.
[tu nunca sabes...]
Há dias assim...
Em que não aguento que seja assim.

1 demências:

Demian disse...

Podia dizer-te aqui algumas coisas (que eu sei), por já ter naufragado nessas mesmas águas que agora fustigam o teu barco...
Só não o faço, por ter a certeza que ao contrário de mim, vais conseguir remar até terra firme.
Só te peço que guardes o lenço com o qual limparás o suor da testa, após tamanho esforço. Ele servirá para te recordares da fórmula que vais usar para ultrapassar este problema, da próxima vez que um semelhante te atormentar...

Um beijo.