Uma caligrafia desajustada e suja,
Arrancada a ferros moles,
Pesada e dura no seu silêncio.
É assim que isto acontece.
Já nenhuma pérola nasce por si.
As ostras ficaram mudas.
As vertigens e quedas de antes,
Mais doentias, mais genuínas,
Morreram todas na sobriedade.
Já nada surge limpo ou chorado.
Nada surge, simplesmente.
Gasto dinheiro em soluções.
De vez em quando compro
Uns óculos de Cristal
E enfrento o Mundo no início do desequilíbrio.
Roubo o sorriso dos seres naturais,
E nas Horas em que os óculos ainda servem,
Sinto que sou o melhor disso tudo.
Mas o cristal desfaz-se cedo e
A realidade não se envergonha de aparecer...
Áspera.
Efémera ou não...
Prefiro a insanidade à exaustão.
Sobrou pó? Também serve.