quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Instável. Calma. Que medo.


Instável.
Quebradiça.
Melindrada com a calma.
Esta calma que me pedes tão urgente.
Mas estou instável.
Dolorosa na minha luta.
E a calma que me pedes...
Queria eu que [ME] pedisses.
Pedes o que antes te fiquei a dever.
Tenho medo dessas dívidas.
E da calma.
Que medo que não a vejas e te fartes de pedir.
Que não voltes a pedir(-me).
Que medo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

As ostras ficaram mudas.

Uma caligrafia desajustada e suja,
Arrancada a ferros moles,
Pesada e dura no seu silêncio.
É assim que isto acontece.
Já nenhuma pérola nasce por si.
As ostras ficaram mudas.
As vertigens e quedas de antes,
Mais doentias, mais genuínas,
Morreram todas na sobriedade.
Já nada surge limpo ou chorado.
Nada surge, simplesmente.
Gasto dinheiro em soluções.
De vez em quando compro

Uns óculos de Cristal
E enfrento o Mundo no início do desequilíbrio.
Roubo o sorriso dos seres naturais,
E nas Horas em que os óculos ainda servem,
Sinto que sou o melhor disso tudo.
Mas o cristal desfaz-se cedo e
A realidade não se envergonha de aparecer...
Áspera.
Efémera ou não...
Prefiro a insanidade à exaustão.
Sobrou pó? Também serve.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Pe[n]samentos

Ácidos.
Corta[-me].
Ácidos.
Segura[-me].
Ácidos.
Engole[-me].
Ácidos.
Os pensamentos.
Não ligues porque são ácidos.

Posso chorar assim baixinho?