Afinal sempre (me) partiste.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
O cofre
Afinal sempre (me) partiste.
Da mente mais que demente de
Joana Lima
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2:37 da manhã
9
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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
e depois eu
e depois o sol a morrer e a ponte ainda viva
um derradeiro raio de luz que se demora mais um pouco
nos olhos de quem vê o agora e não sabe se voltará a ver amanhã
uma lágrima a cair no desespero da cara molhada onde
corre o silêncio - esse doloroso som - que quebra a rotina
dum ano que passou e não deu conta do tempo
que morre e morre demoradamente
como este olhar que usas em mim e desmentes saber
na instância felicidade dum gemido que foge do umbigo metálico
que te recorda aqui e ali nas esquinas em que tudo é possível
e nada acontece.
Da mente mais que demente de
Joana Lima
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1:23 da tarde
3
demências
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Saltei do espelho - diria com ar feliz.
Livrei-me da imagem perpetuada em agonia,
Presa a uma moldura usada
E suada por todos os que nela se reflectiram.
Saltei do espelho para o incerto.
Fui mordida vezes sem conta...
Mordi(-te) e sobrevivi.
Da mente mais que demente de
Joana Lima
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3:44 da manhã
2
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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
A minha Casa de Vidro
Passeio os olhos pelo consolo
Que alimento num papel amarrotado
Gasto pelo sonho interrompido
Dum projecto inacabado...
A minha casa de vidro.
Era linda, sabias?
Mas frágil (não passou dum rabisco).
Da mente mais que demente de
Joana Lima
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10:34 da manhã
3
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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Inauguro o dia
Com o resvalar imagético da noite (mal) passada.
O gesto quase inato de olhar para o relógio
E ver passar o tempo do luto sorumbático
Na procura constante das Horas que te pedem
(Que me pedem).
Tapo os olhos para não ver
As paredes brancas que me insultam o tédio
Medonho...
A dor - quase evadida - do corpo frio
É capturada a cada instante seguro
Pelo terror lacinante de te ver
(E não te ter).
O que fizeste contigo Joana?
Da mente mais que demente de
Joana Lima
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12:44 da tarde
2
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sábado, 3 de fevereiro de 2007
Ver-te
E de repente nasces assim
Uma palavra,
Um sonho,
Uma visão,
Uma lembrança...
Por morrer.
Como esta lágrima.
Da mente mais que demente de
Joana Lima
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12:56 da tarde
5
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